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 Maioria dos vereadores de Alvorada “vira a casaca” e aprova o veto do governo contrário aos Educadores Sociais

Maioria dos vereadores de Alvorada “vira a casaca” e aprova o veto do governo contrário aos Educadores Sociais

Desde as primeiras horas da manhã do dia 12 de março, os Educadores Sociais concentraram-se diante do prédio da Prefeitura de Alvorada, cumprindo um dia de paralisação, aprovada em assembleia da categoria, em ato pela manutenção do mesmo nível salarial. O passo seguinte foi acompanhar a votação na Câmara Municipal, quando foi votado o veto do prefeito, que retirou o direito dos educadores sociais de receber a mesma remuneração dos servidores do administrativo, em projeto aprovado pela unanimidade pelos vereadores, em 27 de fevereiro.

Porém para surpresa e decepção geral, a maioria os vereadores que votaram contra o rebaixamento salarial dos Educadores Sociais, mudaram o próprio voto, decepcionando os trabalhadores e mantendo o veto do prefeito Appolo.

Os trabalhadores, que haviam sido mantidos na Letra C, contra a manobra maldosa do governo, que pretendia rebaixá-los para a letra B, nas referências de cargos do município, viram os vereadores “virar a casaca”, por interesses eleitoreiros.

Como os Educadores Sociais receberam o mísero reajuste de 3.71%, que foi concedido ao quadro geral, mesmo fazendo parte da letra C, e passaram a ganhar muito menos que os técnicos administrativos, que recebem salário bem maior.

SIMA DENUNCIA OPORTUNISMO DOS VEREADORES

O presidente do SIMA, Rodinei Rosseto, e o conjunto da diretoria sindical denunciaram o oportunismo eleitoreiro desses vereadores e reafirmaram o apoio à mobilização dos Educadores Sociais.

O Sindicato vai expor o nome desses que deveriam ser representantes do povo, mas são facilmente aliciados pelo Governo Appolo, como em muitas votações em que eles deram as costas para os servidores públicos municipais.

LUTA ANTIGA PELA TROCA DE LETRA Em 2014, esses profissionais fizeram uma greve para alcançar o mesmo patamar salarial dos Auxiliares Administrativos, e conseguiram ser equiparados na letra C da categoria administrativa, com salário igual.

Mas em 2024, o prefeito decidiu conceder um aumento salarial para todas as categorias Administrativas letra C, deixando os Educadores Sociais de fora, colocando esses trabalhadores novamente abaixo em relação aos Auxiliares Administrativos.

PROFISSÃO EM PROCESSO DE REGULAMENTAÇÃO

Essa maldade ocorre exatamente quando profissão de Educador Social está em processo de regulamentação como uma profissão de nível superior, o que aumenta a injustiça de rebaixá-los a um nível salarial que eles já haviam conquistado. O Projeto de Lei 2941/2019, que regulamenta a profissão do Educador social já foi aprovado pelo Congresso Nacional, porém, em Alvorada, estamos presenciando um evidente retrocesso que vai de encontro ao que está ocorrendo no restante do país.

Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)