• Atendimento: 09h às 12h -- 13h às 17h
  • (51) 3483-3010 Faça contato
  • Av. Wenceslau Fontoura, 105 - Alvorada/RS Nosso endereço
 SIMA solidário à luta dos trabalhadores para salvar o Hospital de Alvorada, desmontado pelos Governos Leite e Appolo

SIMA solidário à luta dos trabalhadores para salvar o Hospital de Alvorada, desmontado pelos Governos Leite e Appolo

A situação dramática do Hospital de Alvorada chegou na beira do abismo, com a falência do Instituto de Cardiologia e o desmonte da principal casa de saúde da cidade, provocados pela irresponsabilidade e a incompetência dos governos Leite e Appolo. A partir de 1º de abril, o Instituto João Paulo II passará a administrar o Hospital de Alvorada, por decisão da Secretaria Estadual da Saúde e pela conivência da administração municipal, que sucumbiu diante dos maltratos praticados contra os cidadãos da sofrida Alvorada. Nos últimos meses, cresceram as reclamações, a demora no atendimento e a suspensão de alguns serviços, como o SIMA vem denunciando há anos. A desorganização e a carência no atendimento no serviço de saúde pública de Alvorada, a gestão incompetente da Secretária Neusa Abruzzi, resultaram no desmonte da estrutura de saúde municipal e na visível desvalorização dos servidores.

A desordem que afeta diretamente a população carente de atendimento, com postos de saúde lotados e esperas por cirurgia por mais de cinco anos, como os casos de traumatologia e nas consequências geralmente de urgência, chegou ao extremo”, denunciou Rodinei Rosseto, presidente do SIMA, para quem mesmo as cirurgias agendadas são desmarcadas e acabam empurrando sempre o paciente para o final da fila.

Presente no ato, Rosseto colocou a estrutura do sindicato à disposição dos trabalhadores da saúde acusou os governos Leite e Appolo de desamparar os funcionários nas questões trabalhistas. O líder dos servidores (as) públicos municipais de Alvorada acusou o Governo Appolo de “assistir de camarote” a crise do Instituto de Cardiologia (Fundação Universitária de Cardiologia), que administrou o hospital por 26 anos e que agora agoniza em recuperação judicial, afundado numa dívida de R$ 343 milhões.

Essa conivência tornou diário o sofrimento da população alvoradense, em casos como a ausência de atendimento para gestantes”, afirmou Rosseto, que também é Secretário-Geral da Central de Entidades de Servidores do Brasil (CESP).

TRABALHADORES LUTAM PARA SALVAR A SAÚDE

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde reuniu cerca de 400 empregados do Hospital de Alvorada em uma assembleia realizada às 14h. Em questão, a incerteza dos trabalhadores sobre a permanência na instituição, já que a Fundação Universitária de Cardiologia, que administrou o Hospital nos últimos 26 anos, está saindo.

A nova contratada é uma associação pernambucana, que acumula mais de 250 processos movidos contra ela, sem ser detentora de patrimônio e que está sendo utilizada exclusivamente para promover a demissão dos trabalhadores sem pagar ninguém.

Os trabalhadores acham que a partir de 1º de abril estarão desempregados e nem sabem para quem passarão o plantão no dia 31 de março. A única certeza é que os funcionários estão presentes diante do hospital às 7h da manhã de 1/4 em greve, pois a empresa contratada sequer possui alvará da Vigilância Sanitária.

DUPLA DE INCOMPETENTES

A transição na gestão hospitalar produziu grande incerteza para os funcionários, sem respostas do Governo do Estado sobre os direitos trabalhistas e sem saber se haverá demissões ou sucessão administrativa.

No caso da demissão de funcionários, é obrigatório que seja anunciado o aviso prévio, um comunicado antecipado de rescisão do contrato de trabalho, além de acertos trabalhistas de saldo de salários, férias vencidas e a multa de 40% que deve ser depositada na conta do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) do trabalhador demitido.

Neuza Abruzzi, que foi Secretária de Saúde de Alvorada do Governo Appolo entre 2017 e 2023, tentou “tirar o corpo fora” e culpar o governo estadual, como se os dois não fossem cúmplices do desmonte do serviço de saúde e do abandono da sofrida população alvoradense.

Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)