SIMA abre negociação da Campanha Salarial 2024 com o Governo Appolo
Na manhã de 5/12, Rodinei Rosseto, presidente do SIMA, voltou à prefeitura de Alvorada em busca da reabertura do diálogo com o Governo Appolo, com a retomada da negociação da Campanha Salarial 2024 interrompida pela administração municipal. Acompanhado por Valdemir Moretti, vice-presidente da entidade, e os diretores Felipe Groos, Jacqueline Esteves e Marinês Rodrigues, Rosseto foi recebido pelo Secretário de Administração, Paulo Ramos, que agendou nova conversa entre as partes para o dia 14/12.
Em nome da valorização do servidor (a) público municipal de Alvorada, que sofre há sete anos com o arrocho salarial, Rosseto defende a recuperação do poder aquisitivo dos Servidores (as), rebaixado a níveis nunca vistos. Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a perda salarial dos funcionários públicos de Alvorada chegou a 22%, provocada pela inflação ao longo de sete anos sem receber aumento real de salário.
PRÁTICAS ANTISSINDICAIS – O sindicalista denunciou a prática antissindical de algumas direções ao proibir que os servidores (as) recebam orientações de seu sindicato no local de trabalho, enquanto é permitido o comércio sem limites dentro do ambiente escolar. Ele relacionou a falta de condições de trabalho, que vem causando adoecimento dos Servidores (as), assim como desmonte da assistência social e da saúde pública, além do abandono do parque rodoviário. Sem falar da ausência de um projeto pedagógico e da carência de mais de 6 mil vagas na educação infantil, que prejudica as mães trabalhadoras.
Rosseto ainda alertou sobre o grande número de processos administrativos e pediu a formação de uma junta mediadora de conflitos, que pode trazer mais qualidade nos serviços e economia ao município.
REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA
Paulo Ramos pediu aos sindicalistas que relacionem os pontos principais da pauta para a retomada do diálogo. Diante da urgência em reaver o poder de compra perdido, o presidente do SIMA e os diretores sindicais listaram as seguintes reivindicações:
– Contagem do tempo retroativa da GTS, suspensa durante a pandemia;
– Concessão de Vale-Alimentação no valor de R$ 1.000,00, pagos nas férias e licenças, sem o desconto de 45% de contrapartida, já que secretários de governo e cargos de confiança (CCs) são descontados somente 20%;
– Reposição salarial de 22% relativos à perda de poder aquisitivos dos salários e falta de aumento real;
– Correção de R$ 200 para R$ 500 no valor do Vale Cultura para os professores;
– Valorização retroativa a 2022 para os funcionários do Magistério, incluindo Supervisores, Orientadores e todos os trabalhadores da Educação;
– Equiparação dos valores da Bolsa PSF para todos os profissionais da Saúde, e
– Concurso público para suprir as vagas existentes, para a Educação e demais secretarias. Queremos concurso e não CCs.
Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)