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 Construa uma casa popular e moderna utilizando barro, bambus e garrafas de vidro

Construa uma casa popular e moderna utilizando barro, bambus e garrafas de vidro

A parceria entre a Escola de Gestão do SIMA e a Organização Não-Governamental Umbúntu Alvorada, com certificação do Campus Alvorada do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), anunciam o período de inscrições para o curso “Técnicas de Bioconstrução: bambu a pique e tijolos de adobe”, que acontecerá no dia 26 de novembro, na sede da ONG (Rua Quarenta e Oito, 285, no bairro Umbu, em Alvorada). Na oficina, os instrutores ensinam técnicas de produção e manuseio de tijolos de adobe e bambu a pique para a construção de moradia econômica, através do uso de materiais de baixo impacto ambiental). A união das três instituições promoveu a mesma oficina em 20 de novembro de 2022data na qual em 1695 era morto Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência negra contra a opressão e, sobretudo, a escravidão.

A ideia de que todo indivíduo pode construir sua própria moradia, lançando mão de materiais de baixo impacto ambiental, é primordial para a Bioconstrução, que é uma técnica construtiva que utiliza materiais de baixo impacto ambiental, diferente das consequências produzidas pela construção civil.

A oficina propõe, na prática, que seja, repensados os meios de construção tradicionais, seguindo em busca de alternativas sustentáveis que visam preservar o meio ambiente ao mesmo tempo em que priorize a qualidade das edificações a ser construídas.

Ao utilizar recursos naturais presentes no local da obra ou em suas proximidades, a terra é o recurso local mais abundante em Alvorada, cuja vantagem de construir está na economia de recursos financeiros e, principalmente, a sustentabilidade.

Aplicando tais técnicas, a sede, o banheiro seco e a cozinha são erguidos com tijolos de adobe, cuja composição é terra, água e palha. O projeto ainda incentiva o recolhimento de garrafas de vidro, que também são usadas na obra, em paredes. As garrafas são encontradas no lixão localizado nas proximidades.

PÉ E MÃO NA MASSA

Serão 10 horas de uma formação voltada para o público em geral e para jovens a partir de 15 anos, interessados em meter a mão e o pé na massa”, explica Eduardo Fortes, coordenador da ONG Umbúntu, que adverte sobre a necessidade da autorização de responsável legal para a participação de estudantes entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos incompletos.

Fortes explica que as construções de barro e terra crua são milenares e estão presentes em diferentes partes do planeta. Estima-se que, nos dias de hoje, em torno de 40% da população mundial ainda viva em casas de terra.

Encontramos em Alvorada um dos mais baixos índices de desenvolvimento humano do estado. Apesar de grande parte da população alvoradense ser de afrodescendentes, as construções de terra, típicas em territórios tradicionalmente africanos, não se fazem presentes no município.

LINK DE INSCRIÇÃO: https://forms.gle/Uqj4VJrT4SQh5N7D7

Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)