SIMA e educadoras discutem com o deputado Marcon a viabilização do curso de Educador Social
Sindicalistas e educadores reuniram-se no escritório do deputado federal Dionilso Marcon (PT-RS), situado no Centro de Porto Alegre, em 02/10, para discutir a viabilização do curso de Educador Social, que será ministrado de forma presencial nas dependências da Escola de Gestão do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Alvorada (SIMA).
Além do anfitrião, participaram do encontro Rodinei Rosseto, presidente do SIMA; Valdemir Moretti Machado, vice-presidente da entidade; Fernanda Paulo, professora e uma das coordenadoras da Associação dos Educadores Populares de Porto Alegre (AEPPA), entidade também representada por Tamar Oliveira e Tânia Graziadei. Ailton Croda, Chefe de Gabinete do deputado Marcon, e Mário Vieira, também assessor do parlamentar, acompanharam a reunião.
DIA DO EDUCADOR SOCIAL
Fernanda Paulo, que é professora do Campus Alvorada do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), defende que o Rio Grande do Sul adote a data de 19 de setembro como Dia do Educador Social, a exemplo de outros estados. A data escolhida é uma homenagem ao nascimento de Paulo Freire, considerado um dos maiores educadores do Brasil, Patrono da Educação Brasileira e referência em Educação Popular.
O Educador Social é uma ocupação profissional existente no Brasil desde 2009, na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Esse profissional deve conhecer legislações sociais e documentos orientadores da política em que trabalha com contrato, em regime CLT ou concurso público.
VULNERABILIDADE – Ele busca garantir os direitos, a atenção e a proteção de pessoas em vulnerabilidade social, situação de risco ou excluídas. Por meio do uso de ferramentas pedagógicas, eles interferem nos problemas sociais dessas pessoas e as reintegram na escola, na família e na comunidade. O trabalho desenvolvido pelo educador social visa emancipar esses indivíduos e os tornar ativos na sociedade.
Os educadores sociais podem trabalhar com crianças, adultos e idosos nas mais diversas situações de vulnerabilidade social, como Vítimas de abuso ou de violência física e/ou psicológica; pessoas em situação de rua, dependentes químicos; pessoas com deficiência física e/ou mental, adolescentes infratores, população carcerária, indígena, quilombola e rural.
SABERES DO POVO E REALIDADE CULTURAL
Já o Educador Popular atua na militância do movimento social na Educação Popular, com corte político progressista definido, não estando relacionado à formação, pois não é uma profissão.
A Educação Popular é um método de educação que valoriza os saberes prévios do povo e sua realidade cultural na construção de novos saberes. Está ligada ao desenvolvimento de um olhar crítico, que facilita o desenvolvimento da comunidade que o educando está inserido, pois estimula o diálogo e a participação comunitária, possibilitando uma leitura empática da realidade social, política e econômica.
Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)