SIMA: Governo Apollo deve explicar o mistério na compra da Estância Solidão
Rodinei Rosseto, presidente do SIMA, trouxe um questionamento aos servidores e à população e, principalmente aos vereadores do município. Com a proximidade dos festejos do 20 de setembro e a montagem do Acampamento Farroupilha, vimos que a prefeitura adquiriu uma área localizada na Estância da Solidão, no Distrito Industrial, que custou R$ 3,5 milhões aos cofres públicos, mas ainda sem a apreciação da Câmara para a provar a compra.
Muito próximo do Rio Gravataí, o acesso é feito por um beco de servidão, a área chama a atenção por ser desqualificada e afastada da área urbana da cidade. Situada na região agrícola de Alvorada e com grande parte alagada, o espaço está sujeito a alagamentos, pois há muitos hectares de açude. Sem falar que está abaixo do nível da RS-118, rodovia que beneficia cerca de 2 milhões de pessoas de Esteio, Sapucaia do Sul, Cachoeirinha, Gravataí e Alvorada.
Mas o Acampamento Farroupilha poderá acontecer nesse espaço, ao contrário do que defende o SIMA, que entende que o lugar apropriado para o acontecimento é a Praça Central, na Parada 48, ou no Horto Municipal, que tem área de 17 hectares e pode ser destinado a ser um centro tradicionalista, que agregue a comunidade e as cidades das redondezas.
“COMPRA ESTRANHA”
“Não entendemos o porquê desta compra numa área rural e longe de Alvorada”, indaga o presidente do SIMA, que procurou os vereadores, o Secretário dos Transportes, o Ministério Público e até o prefeito para pedir que, caso seja mantida a realização do Acampamento Farroupilha na Estância da Solidão, que a administração ao menos coloque ônibus à disposição das pessoas, com frequência de horário, para dar oportunidade a todos que queiram visitar nos finais de tarde e no fim de semana.
Classificando a compra de “estranha”, Rosseto quer saber de onde saíram esses R$ 3,5 milhões, comprada na época pelo antigo proprietário por R$ 640 mil. Falando em nome do povo da cidade e dos servidores públicos, o presidente do SIMA quer entender as razões desta compra, já que os servidores têm sido castigados pelo Governo Apollo, além da precariedade instaurada no atendimento de saúde e também na educação.
Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)