Feira Alternativa apresenta cultura e economia solidária, no Salão de Eventos do SIMA
A sétima edição da Feira Alternativa em 2023, realizada em 12/8, no Salão de Eventos do SIMA, mobilizou as duas vertentes que dão base ao evento – cultura e economia solidária -, que desta vez contou com a parceria com outros movimentos culturais, como os grupos de cortadinho, uma dança de salão, além dos expositores e artistas locais, como Linda Roshae, artista empreendedora e sacerdotisa da deusa, que também ministra com cursos online de dança do ventre, e Carlitos, que com voz e violão, cantou clássicos da MPB e do rock nacional.
Everton Santos, escritor, músico, agente cultural, youtuber e coordenador da Feira Alternativa acredita que o evento alcançou as três etapas abrangidas pela cultura, que são produção, difusão e consumo. Grato pelo suporte recebido das parcerias, ele saudou Rodinei Rosseto, presidente do SIMA, o Campus Alvorada do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), os grupos de cortadinho de Alvorada e os expositores, cuja perseverança tem motivado a continuidade do projeto.
A exposição no SIMA é uma das duas ações culturais realizadas mensalmente pelo grupo da feira. A outra ocorre na Praça João Goulart (Chimarródromo), na parada 48, no começo de cada mês e tem como propósito levar os expositores ao centro da cidade
EDITAIS OFICIAIS
Pronta para o futuro, o grupo vai participar dos editais da Lei Paulo Gustavo (LPG) e Aldir Blçanc. A LPG prevê o repasse de R$ 3,86 bilhões do superávit do Fundo Nacional de Cultura (FNC) a estados, a municípios e ao Distrito Federal para ações emergenciais voltadas ao setor cultural, por meio de editais, chamamentos públicos, prêmios ou outras formas de seleção pública.
A Lei Nacional 14.017/2020(de 29 de junho de 2020), também conhecida como Lei Aldir Blanc, tem como objetivo principal o restabelecimento de ações emergenciais destinadas ao setor cultural durante o período de estado de calamidade pública, em virtude da pandemia. Essa legislação em homenageia o compositor e escritor do mesmo nome que faleceu vítima do coronavírus.
PATRIMÔNIO CULTURAL
Junto às exibições de Linda Roshae e Carlitos, as exibições dos dançarinos do cortadinho foram uma atração à parte no acontecimento. Vestidos a caráter, os pares mostraram à plateia toda a habilidade e criatividade próprias da dança.
Após análise técnica da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Estado, foi confirmado parecer favorável ao projeto de lei do deputado Zé Nunes (PT) que declara a Dança do Cortadinho, de Alvorada, como de relevante interesse cultural do RS.
No município, por iniciativa do vereador Leandro Tur (PT), o Cortadinho é patrimônio cultural imaterial de Alvorada, através de projeto de lei aprovado em outubro de 2021. A proposta tramitava no Legislativo desde 2019. “Quando propus a lei me criticaram nas redes sociais. Questionavam se era um projeto útil. Os vereadores ficaram com medo de aprovar, por isso demorou”, lembra o vereador petista.
ORIGEM – A dança surgiu nos bailes de Alvorada, nos anos 70 e ganhou força com o passar do tempo. É um estilo bem característico, que parece ter como base o tango, a lambada e as danças de salão. Os antigos lembram dos bailes da Sociedade União, Uniãozinho, Columbia, Rosemari, Asa Branca, PoliSom, Pliper, entre outros, onde surgiu o gênero; e também nas festas de família e confraternizações.
Renato Ilha, jornalista (Fenaj 10.300)